Mostrando postagens com marcador Empresa. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Empresa. Mostrar todas as postagens

5/25/2012

Entrevista de emprego.


Edu, que não tinha orelhas, era dono de uma empresa e precisava contratar um novo gerente.
Selecionou três currículos e marcou as entrevistas.
O primeiro cara era ótimo . Conhecia tudo que precisava e era muito interessado. Ao final da entrevista Edu lhe perguntou:
-Você percebeu alguma coisa diferente em mim?
E o cara respondeu:
-Sim, não pude evitar de reparar que o Sr. não tem orelhas.
Edu não gostou daquela franqueza e mandou-o embora.
O segundo entrevistado era uma mulher, e era bem melhor que o primeiro cara. Ao final, entusiasmado, Edu fez a pergunta fatal:
- Você percebeu alguma coisa diferente em mim?
E ela: -Bem, você não tem orelhas.
Novamente Edu se zangou e mandou-a embora.
O terceiro e último entrevistado também era muito bom. Jovem, recém saído da faculdade, inteligente, Boa pinta, parecendo ser melhor homem de negócios que os dois primeiros juntos. Edu estava tão ansioso, que foi logo fazendo a pergunta de sempre:
- Você percebeu alguma coisa diferente em mim?
E para sua surpresa, o jovem respondeu:
- Sim, você usa lentes de contato.
Edu ficou chocado e disse:
- Que observador incrível você é! Como é possível você saber disso?
E o cara caiu da cadeira gargalhando histericamente:
- Porque é impossível usar óculos, sem as orelhas!!!


4/16/2012

Você está despedido!

Stephen Kanitz



Você é diretor de uma indústria de geladeiras. O mercado vai de vento em popa e a diretoria decidiu duplicar o tamanho da fábrica. No meio da construção, os economistas americanos prevêem uma recessão, com grande alarde na imprensa. A diretoria da empresa, já com fluxo de caixa apertado, decide, pelo sim, pelo não, economizar 20 milhões de dólares.Sua missão é determinar onde e como realizar esse corte nas despesas.
Esse é o resumo de um dos muitos estudos de caso que tive para resolver no mestrado de administração, que me marcou e merece ser relatado. O professor chamou um colega ao lado para começar a discussão. O primeiro tem sempre a obrigação de trazer à tona as questões mais relevantes, apontar as variáveis críticas, separar o joio do trigo e apresentar um início de solução.
"Antes de mais nada, eu mandaria embora 620 funcionários não essenciais, economizando 12.200.000 dólares. Postergaria por seis meses os gastos com propaganda, porque nossa marca é muito forte. Cancelaria nossos programas de treinamento por um ano, já que estaremos em compasso de espera. Finalmente, cortaria 95% de nossos projetos sociais, afinal nossa sobrevivência vem em primeiro lugar." É exatamente isso que as empresas brasileiras estão fazendo neste momento, muitas até premiadas por sua "responsabilidade social".
Terminada a exposição, o professor se dirigiu ao meu colega e disse:
- Levante-se e saia da sala.
- Desculpe, professor, eu não entendi - disse John, meio aflito.
- Eu disse para sair desta sala e nunca mais voltar. Eu disse: PARA FORA! Nunca mais ponha os pés aqui em Harvard.
Ficamos todos boquiabertos e com os cabelos em pé. Nem um suspiro. Meu colega começou a soluçar e, cabisbaixo, se preparou para deixar a sala.
O silêncio era sepulcral. Quando estava prestes a sair, o professor fez seu último comentário:
- Agora vocês sabem o que é ser despedido.
Ser despedido sem mostrar nenhuma deficiência ou incompetência, mas simplesmente porque um bando de prima-donas em Washington meteu medo em todo mundo. Nunca mais na vida despeçam funcionários como primeira opção. Despedir gente é sempre a última alternativa. Aquela aula foi uma lição e tanto. É fácil despedir 620 funcionários como se fossem simples linhas de uma planilha eletrônica, sem ter de olhar cara a cara para as pessoas demitidas. É fácil sair nos jornais prevendo o fim da economia ou aumentar as taxas de juros para 25% quando não é você quem tem de despedir milhares de funcionários nem pagar pelas conseqüências.
Economistas, pelo jeito, nunca chegam a estudar casos como esse nos cursos de política monetária. Se você decidiu reduzir seus gastos familiares "só para se garantir", também estará despedindo pessoas e gerando recessão. Se todas as empresas e famílias cortarem seus gastos a cada previsão de crise, criaremos crises de fato, com mais desemprego e mais recessão. A solução para crises é reservas e poupança, poupança previamente acumulada. O correto é poupar e fazer reservas públicas e privadas nos anos de vacas gordas para não ter de despedir pessoas nem reduzir gastos nos anos de vacas magras, conselho milenar. Poupar e fazer caixa no meio da crise é dar um tiro no pé. Demitir funcionários contratados a dedo, talentos do presente e do futuro, é suicídio.
Se todos constituíssem reservas, inclusive o governo, ninguém precisaria ficar apavorado, e manteríamos o padrão de vida sem cortar despesas. Se a crise for maior que as reservas, aí não terá jeito, a não ser apertar o cinto, sem esquecer aquela memorável lição: na hora de reduzir custos, os seres humanos vêm em último lugar.